Visita à Terra d´Alter

O projecto Terra d’Alter, nasce de uma parceria entre a Sociedade Agrícola das Antas, a Sociedade Agrícola do Monte Barrão, duas empresas com grande tradição agrícola na região de Portalegre e o enólogo australiano Peter Bright,a viver em Portugal desde 1982. A Terra d'Alter, utiliza uvas produzidas pelos seus sócios, na região de Alter do Chão e Fronteira, embora em alguns casos recorra a outros produtores do Alto Alentejo, conforme as suas necessidades específicas. O objectivo passa sempre por lançar no mercado vinhos alentejanos de excelente qualidade, sendo os mercados alvo, para alem de outros, a Europa e Estados Unidos. Começamos a visita com uma ida às vinhas e uma explicação do Peter Bright e depois fomos conhecer toda a adega e realizar uma prova vertical de cinco vinhos. Segui-se uma prova directamente das barricas antes do almoço gentilmente oferecido pelo produtor e realizado em plena adega. Eis os vinhos que mais gostei e as respectivas notas de prova: 

Terra d’Alter Reserva Branco de 2008

 Vencedor do prémio de melhor Vinho Branco Português no International Wine Challenge Trophy, este vinho é feito sobretudo de viognier (80%), sendo a parte restante arinto. No nariz revela muitos frutos tropicais, ananás, coco e pêssego, com algumas notas a baunilha. Na boca é um vinho poderoso, com grande volume, que se distingue pela sua boa acidez e frescura, revelando boa persistência no final. O seu preço anda à volta dos 8 euros e a minha classificação pessoal fixa-se nos 91 pontos.

Terra d'Alter Reserva Tinto de 2009

 Medalha de ouro no Great International Wine Award MUNDUSvini 2010 e no Concurso Nacional de Vinhos Engarrafados do mesmo ano, estagiou durante 18 meses em barricas de carvalho americano, tem uma cor rubi profunda, um aroma intenso a fruta preta madura, revela um boa acidez, é volumoso, na boca é macio, tendo um final fresco, prolongado e suave com notas a chocolate e tosta. O seu preço anda à volta dos 8 euros e a minha classificação pessoal fixa-se nos 89 pontos.

Terra d´Alter Alicante Bouschet de 2008

De cor vermelha intensa com aromas doces, fruta preta, cacau e especiarias. Tem boca de excelente acidez, taninos firmes , bem presentes e redondos, muito bem feito e interessante. O final é cremoso, prolongado e persistente. O seu preço anda à volta dos 9 euros e a minha classificação pessoal fixa-se nos 90 pontos.

Telhas de 2008

Vinho super interessante, elaborado com 95% de casta Syrah e os restantes 5 % de Viogner, provenientes da Herdade das Antas com um estágio de 18 meses em barricas de carvalho americano. De cor rubi profunda, aroma intenso a tosta, pimenta, groselha e um leve mentolado. Depois tem uma boa estrutura,  taninos suaves e termina bem fresco e longo. O seu preço anda à volta dos 18 euros e a minha classificação pessoal fixa-se nos 92 pontos.

Outeiro de 2009

Eis o melhor de todos os vinhos provados. Elaborado a partir de uvas da casta Syrah e Petit Verdot, provenientes da Quinta da Boa Vista, o estágio em barrica foi encurtado para 14 meses. É um vinho de cor rubi opaca, com um aroma intenso a frutos silvestres, elegante, cheio de boa fruta, daqueles que não deixa de dar nas vistas por onde quer que passe. Tem um corpo volumoso, taninos firmes e finos, um final muito longo e bem persistente. O seu preço anda à volta dos 22 euros e a minha classificação pessoal fixa-se nos 95 pontos.

PS: O Peter Bright que aposte num estreme de Tinta Caiada ! ;)


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